Desempenho
Conforto Sonoro
Praticidade
Design e Acabamento
Limpeza
Segurança
Robustez Aparente
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Desde 2018 a KitchenAid lança uma nova cor de produto em seu portfólio e denomina essa a “Cor do Ano”. Em 2022 a Harpyja pegou uma Artisan na “Cor do Ano”, na época era a Beetroot (beterraba) e foi possível comparar ela com a Artisan tradicional que havíamos avaliado em 2018. A avaliação de hoje é da cor lançada em 2024, a Blue Salt.
Pelo jeito a “Cor do Ano” está dando certo para a marca, pois cada modelo novo que surge parace chamar mais atenção que o ano anterior. Veja abaixo as última cores que surgiram nessas anos:
Quando comparamos a “Cor do Ano” com a tradicional vimos várias diferenças estéticas e de acessórios. Tanto que em 2022 a “Cor do Ano” (beterraba) desbancou a tradicional do primeiro lugar no ranking de planetárias. Desde então ela é considerada a melhor batedeira já avaliada.
Agora com o lançamento da KitchenAid Blue Salt chegou a hora de comparar a nova versão com o modelo de 2022. No geral todas as 3 planetárias Artisan já avaliadas são muito similares. Tanto que as notas delas são muito próximas. Vamos então detalhar a Blue Salt fazendo comparações com a Beetroot e a tradicional. Se busca conhecer o produto a fundo, vale ler a avaliação completa da Artisan tradicional antes.
Claramente a KitchenAid está buscando surpreender todo ano que lança uma cor. Quando testamos Beetroot, sua cor acetinada com um roxo intenso foi marcante para todos que viram ela em pessoa. Agora com a Blue Salt, o impacto novamente foi marcante. A cor aqui não é um azul padrão. Dependendo da luz a cor tem reflexos diferentes. Dá a impressão de que o produto foi pintado por camadas e que dependendo do ângulo, surgem tonalidades diferentes.
Há situações onde a cor parece um azul acinzentado, assim como há ângulos que mostram um efeitos furta cor, com tons em rosa, lilás e um degradê até o azul. É difícil descrever e representar em imagens. Saibam que em pessoa ela é mais bonita e interessante que qualquer foto institucional.
A pintura tem uma leve textura, diferente do que vemos na Atrisan tradicional, onde grande parte é lisa e lustrosa. A KitchenAid Beetroot já tinha uma textura diferente na tinta, mas aqui ficou ainda mais presente.
A cor deste ano trouxe uma mudança sutil na cabeça da planetária, removendo os acessos às escovas do motor, que normalmente ficam nas duas laterais com tampas pretas. Até mesmo a KitchenAid Hibisco (“Cor do Ano” passado) está com essas tampinhas.
Há evidência de alguns modelos passados virem sem essa tampa, mas ainda não havíamos visto uma. Pode ser que seja uma tendência para modelos futuros.
O ponto positivo disso é na estética e limpeza, com um bloco contínuo sem pontos para acúmulo de sujeira. A desvantagem é que quando as escovas da batedeira estiverem gastas, será necessário desmontar a cabeça e acessar o motor, o que não é uma tarefa simples.
Isso não é algo que vai acontecer logo, usando frequentemente vai demorar anos para as escovas gastarem e precisar de uma visita rápida a uma assistência técnica para essa troca.
Os outros detalhes diferentes no corpo desta Blue Salt se repetem nas outras batedeiras na “Cor do Ano”, ao contrário da Artisan tradicional. Os seletores são todos cromados, enquanto na tradicional são todos pretos e a fita central tem a marca em relevo assim como um padrão de fundo diferente sobre o metal. Fica uma fita mais elegante e moderna quando comparado com a anterior.
A outra diferença entre as KitchenAid “cores do ano” versus a tradicional são os acessórios oferecidos. Seja a Beetroot (2022), a Hibisco (2023) ou a Blue Salt (2024), todas essas vem com um batedor extra, uma tigela extra e um cortador de massa. Itens que seria necessário comprar à parte na Artisan tradicional.
O batedor extra é uma raquete com espátula de silicone, mais útil que a raquete tradicional. Por sinal, a outra raquete que vem com as “cores do ano” é diferente da raquete padrão. É uma estrutura com várias barras na horizontal, provavelmente mais eficiente para aerar a massa.
A cor dos batedores esmaltados desta Blue Salt são um pouco mais escuros que os batedores da Beetroot. É algo sutil, mas é uma diferença visual. São batedores esmaltados como o padrão de todas as KitchenAid Artisan que já testamos.
A tigela extra é menor e sem alça, mas toda de inox lustrosa, de ótima qualidade e igual a Beetroot. Se difere da KitchenAid tradicional que vem com a tigela lustrosa.
O aparador da “Cor do Ano” também é diferente, com borrachas para travar na tigela, enquanto no tradicional é somente um aparador plástico.
A potência medida é a mesma das outras versões testadas, a relação de motor também é igual. Porém, a Blue Salt está atingindo velocidades mais altas que todas já testadas até o momento.
A KitchenAid já se destacava pela variação de velocidade da mínima para a máxima. É um de seus pontos fortes pela versatilidade oferecida, podendo sovar lentamente uma massa assim como fazer claras em neve rapidamente. Veja abaixo a diferença da velocidade mínima e máxima de várias batedeiras, incluindo a KitchenAid Blue Salt e a Beetroot.
Controle ajustável
Para aqueles que têm uma KitchenAid, é interessante saberem que é possível mexer na velocidade de sua batedeira. Poderá baixar ainda mais a velocidade mínima assim como aumentar a velocidade máxima. Por sinal, pode ser até isso que a KitchenAid fez nessa versão, somente fez um ajuste mais agressivo na velocidade de fábrica. Para fazer esse ajuste basta abrir a tampa traseira e ajustar os parafusos da placa de controle. Por sinal, essa placa de controle é um dos pontos chave que fazem da KitchenAid ser o que é.
Quando batendo claras em neve a Blue Salt conseguiu ser mais rápida que as versões anteriores. Em somente 40 segundos as claras já estavam prontas para serem misturadas ao açúcar para fazer suspiro. Com pouco mais de um minuto adicional, o suspiro já estava pronto! É um dos melhores resultados já vistos.
Para bater massas médias e massas pesadas o resultado é basicamente o mesmo da KitchenAid Beetroot. Todas as batedeiras planetárias KitchenAid que já testamos fazem esse trabalho excepcionalmente.
Algo que chamou a atenção nesta KitchenAid Blue Salt foi um leve aumento de ruído. Parte disso é porque está atingindo velocidades mais altas na máxima, porém há um ruído agudo presente em velocidades menores. Não ficou claro de onde vem e se irá desaparecer no futuro, porém dá para se dizer que é levemente mais ruidosa que seus modelos anteriores.
Desmontamos a cabeça para comparar com a versão de 2022 e não foi encontrada nenhuma diferença significativa. As engrenagens continuam quase todas de metal com o mesmo padrão de graxa não-tóxica (food grade).
Não desmontamos o motor, então se há diferença pode ser que esteja ali. Fazendo uma análise de fuga de corrente o comportamento das duas batedeiras foi o mesmo. Caso a Harpyja descubra mais a respeito, informaremos aqui.
Algo que chamou a atenção este ano com a KitchenAid Blue Salt, é que seu custo não está muito mais alto que a versão tradicional. Em 2022 a “Cor do Ano” chegava a ser quase 50% a mais que a versão tradicional!
No momento desta avaliação a KitchenAid Blue Salt está somente 18% a mais que a versão tradicional. Considerando os acessórios extras (que são úteis) e a diferença estética, é tranquilamente justificável pagar a mais.
Por sinal, para quem achar interessante a “Cor do Ano” passado, a Hibisco está com preços bem interessantes. Imagino que enquanto tiver em estoque pode ser que chegue a preços quase equivalentes à KitchenAid tradicional.
A cada ano a KitchenAid continua surpreendendo, mesmo trazendo sua Artisan no desenho clássico de quase 100 anos de existência. A planetária Blue Salt está com a mesma entrega que suas antecessoras em massas médias e pesadas e ainda está sendo mais eficiente em velocidades altas. Considerando que não estão custando muito mais que a tradicional, atualmente é a planetária KitchenAid mais interessante do mercado.
