Avaliação do Liquidificador Kitchenaid K150 | Harpyja

Avaliação

Cozinha Eletroportáteis Liquidificadores

Desempenho e Funções

8.3

Conforto Sonoro

9.1

Design e Acabamento

8.7

Praticidade

9.0

Limpeza

7.0

Segurança

8.4

Outros Pontos

9.3

Nota Geral

8.9

Custo-Benefício

1

Pontos fortes

  • Bons sistemas de segurança
  • Desempenho com alimentos agradou
  • 3 anos de garantia

Pontos fracos

  • Falta uma velocidade mais alta
  • Partida lenta do motor afeta o Pulsar
  • Ao ligar, sempre suja a exterior da jarra próximo à base
Confira os melhores cupons

Avaliação do Liquidificador KitchenAid K150 | Harpyja

A KitchenAid é uma marca que nem tanta gente conhece, mas quem já teve não esquece. Já tivemos a oportunidade de avaliar algumas batedeiras, mixer e liquidificador: o K400. Esse deixou uma marca na categoria, ocupando (pelo menos até agora) a primeira posição e distanciando os outros da nota máxima.

Este modelo (K150) é o outro disponibilizado pela marca, uma versão mais acessível. Por conta do histórico da marca, vamos traçar um comparativo com o K400; mas sem perder de vista outros liquidificadores mais próximos da realidade do consumidor brasileiro.

Design e Acabamento

A base se apresenta como um bloco, ostentando a cor clássica da KitchenAid “Empire Red”. A tonalidade rubra é muito próxima da pintura metálica, houve esforço para fazer isso. Uma faixa que envolve o conjunto e o seletor, ambos cromados, são o contraponto para o vermelho. Funciona bem esteticamente, e conversa com o resto de sua linha de produtos.

De início acreditamos que o corpo fosse de metal, como o K400, mas não é. O K150 é de plástico mole lustroso, com uma linha fosca no topo. Por consequência tem metade do peso: 2,55 quilogramas contra os 5,1 kg da base metálica. Ainda é um peso considerável para liquidificadores. Muitos modelos são mais leves que isso mesmo somando o peso da jarra, mas não é absurdo.

Analisando a unidade toda não aparecem erros consideráveis de acabamento, mas surgem dois pontos curiosos. De ambos os lados do corpo há linhas bem marcadas onde se encontram 3 peças do corpo. Ao invés de tentar esconder o encontro, optaram por acentuá-lo, e assim conseguir entregar um encontro mais estético, apesar de mais óbvio.

Jarra e Lâmina

Na jarra ocorre outra mudança de material: o K400 é feito de Tritan, um plástico extremamente resistente contra impactos, já no K150 a jarra é de PET. As propriedades são semelhantes: transparência e maior resistência contra impactos e temperaturas altas que outros materiais (como SAN e Acrílico); embora não tanto quanto Tritan. A troca de material corta os custos de produção, mas pelo custo do produto é debatível. Há liquidificadores com valor acessível que entregam jarras de Tritan (como uma das versões do Philips Walita Ri2242).

Possui marcações de 250mL a 1350mL e de 8 a 48 onças no outro lado (unidade de medida mais usual nos EUA, equivalente a 30mL). As marcações de volume em mililitros estão próximas da realidade, com exceção da menor que apresenta um erro de 20mL.

As jarras são visualmente parecidas, porém a do K150 é menor. Durante os testes suportou 1600 mL, possibilitando usar até a marcação de máximo sem se preocupar com vazamentos.

A vedação da tampa é perfeita. Não vazou inclinando para nenhum lado, mas também não há abertura ou grades para pôr líquidos. O único ponto de escape quando fechado adequadamente é o buraco da tampa dosadora no topo, com marcações de 30mL e 45mL.

A tampa é a mesma do K400, apenas reduzida para caber na boca menor jarra. É de plástico fosco com alguns detalhes lustrosos. Possui uma aba que facilita a abertura e no meio a logo da marca. As borrachas de vedação são coinjetadas no material, ou seja, são uma só com a tampa e não podem ser retiradas. É uma peça de qualidade.

A alça é reta, sai do topo e dá um espaço considerável do resto do corpo. Este modelo é liso, não acompanha a peça emborrachada do K400. Muito provavelmente não vai fazer falta. Ajudava na aderência e pode contribuir esteticamente, mas a pegada da alça é sólida da forma que está.

São 2 posições de encaixe: com a alça do lado esquerdo ou direito. A jarra se assenta numa base com uma série de detalhes emborrachados coinjetados. Não é algo comum de se encontrar. Foi uma área que recebeu atenção durante o desenvolvimento para posicionar e retirar a jarra sem empecilhos e mantê-la estável durante o uso. Conta com um ladrão generoso na traseira para o caso de acidentes.

As lâminas seguem o mesmo desenho do modelo mais completo. São 2 pares de dentes: um virado para cima e outro para baixo. Cada dente do par possui um ângulo diferente de corte e não é serrilhada. O metal é espesso, mais do que o comum em liquidificadores.

Compatibilidade

As jarras do K400 e do K150 são compatíveis. É possível usar as jarras de tritan ou de vidro do K400 no K150 e vice-versa.

Seletor

A peça segue idêntica ao K400, botão metálico com um anel cromado no exterior. O visual agrada bastante. No entorno aparecem os números de velocidade, em fonte um pouco mais espessa. A cor prateada traz um bom contraste com o fundo e conversa com a cor do seletor.

São 3 velocidades e a opção de pulsar, uma redução considerável de opções. O modelo mais completo trazia 5 velocidades, além de pulsar e os programas para gelo, bebidas, smoothie e limpeza.

A seleção de velocidades também é diferente: o K150 tem as três velocidades bem definidas;  enquanto o K400 tinha como diferencial um seletor contínuo, que contabilizava uma velocidade para cada posição entre os números.

Cada uma das 3 velocidades fica bem demarcada no seletor, assim como o pulsar. O que não agrada é o leve desalinhamento do seletor com o número na velocidade máxima, e o barulho que surge quando gira. Faz parecer que precisa de lubrificação, porém o giro é suave.

Desempenho

Medindo as velocidades descobrimos que há 4 opções no K150, já que o Pulsar rotaciona numa velocidade própria. Enquanto na maioria dos liquidificadores, é a mesma que a velocidade máxima. A mínima registra cerca de 4000 rotações por minuto, enquanto a máxima atinge 11500 RPM.

A variação de velocidade atinge 65%. O valor é excelente, considerando que a maioria dos liquidificadores não chega a 30%. As velocidades são drasticamente distintas entre si e alternar entre elas vai fornecer resultados diferentes de corte.

O pulsar se posiciona entre as velocidades mínima e média, mais lenta do que o esperado. Na realidade, as velocidades do K150 tem um perfil mais lento. Isso não é necessariamente ruim, porém ter a opção de velocidades mais altas seria benéfico à unidade. O K400 atinge 16000 RPM e não é incomum que liquidificadores se aproximem de 20000 RPM.

Sucos

No preparo de sucos, essas velocidades mais altas fazem falta. Se for coar, é possível que fiquem vários pedaços retidos, mas todos pequenos. O corte é homogêneo, mas precisa de um tempo extra para sair perfeito.

Comparando com liquidificadores de boa qualidade, aparecem em outros modelos alguns cortes mais finos porém instáveis. Algumas vezes vão deixar pedaços sem aproveitamento. No geral, o K150 é superior que a maioria, embora haja distância do K400.

Ao lidar com frutas pequenas 30 segundos deixa o resultado bem agradável, com tempo em torno de um minuto o corte deverá ser ainda melhor.

Gelo e Alimentos Congelados

Triturando gelo, o liquidificador da KitchenAid se saiu bem. Com 10 pulsadas quebrou os cubos em flocos, deixando apenas um pedaço de tamanho médio. O resultado agrada, está entre bons liquidificadores, mas não entre os melhores. Há produtos com resultados melhores neste quesito como o Oster OLIQ520 e Walita Ri2244.

Massas de Bolo

Bater massas não é o propósito de um liquidificador, mesmo assim muita gente usa para esse fim, e o K150 consegue lidar bem. Os alimentos moles como cenoura cozida e ingredientes líquidos são batidos em apenas 30 segundos, sem deixar pedaços.

Adicionando farinha, o movimento da massa se mantém. As melhores opções são as velocidades 1 e 2, onde é capaz de misturar sem precisar da ajuda de espátula. O resultado é homogêneo.

Durante o processo, atingiu picos próximos de 1000W. O motor é declarado em 650W, mas nesse caso em específico não é problemático. Isso porque a KitchenAid declara a potência de uma maneira diferente das outras marcas. Este valor de 650W se refere ao funcionamento médio da unidade (enquanto que as marcas brasileiras declaram picos de potência). Por isso, apesar do pico exceder o valor declarado, o motor aguenta.

Amendoim

Pasta de Amendoim não é um alimento recomendado nem feito pela maioria dos liquidificadores, sendo preferível o uso de processadores. Apesar disso, durante os testes o K400 entregou uma consistência melhor que muitos processadores e decidimos fazer a comparação.

O K150 até faz pasta de amendoim, mas com bastante ajuda de espátula. A cada vez que aciona o liquidificador, os grãos são jogados para as paredes. Com muita paciência é possível chegar num resultado após 15 minutos. Mesmo assim ainda há pequenos pedaços, a consistência não é cremosa.

Liquidificadores de bom desempenho que avaliamos alcançam um resultado parecido, porém muitos em menos tempo. Aqui é como se praticamente não conseguisse fazer pasta, o que não é fora do padrão para liquidificadores; apenas o K400 que realmente se mostrou fora da curva.

Amplitude Sonora

O ruído do liquidificador depende bastante de sua velocidade. Varia de 70dBA a 82dBA, entre as velocidades mínima e máxima. Comparando com outros liquidificadores, está numa boa posição, mas pode ser barulhento na velocidade máxima. O K400 atingia um ruído parecido na velocidade máxima, porém também entregava mais rotações por minuto.

Limpeza

A área externa do conjunto não tem muitos detalhes. Apenas um pano úmido deve ser suficiente. O problema maior é se acumular farinha, neste caso ela pode entrar nas frestas da faixa cromada e ao redor do seletor. Se ocorrer vai precisar de uma escova. Opte por cerdas macias já que o plástico do corpo é mole. Vão aparecer riscos com facilidade e ser lustroso o deixarão em evidência.

A jarra é bem lisa, com arestas abertas. A ausência da alça emborrachada também facilita a limpeza. Mantenha a atenção para não usar o lado áspero da esponja ao limpar, ou irá riscar a jarra. Os piores pontos de limpeza estão na base, pois a lâmina dificulta a limpeza interna.

Do lado exterior, a trava magnética cria um espaço de difícil acesso. Não seria tão problemático se o eixo não soltasse lubrificante por baixo cada vez que girasse em alta velocidade. Não há perigo de entrar em contato com os alimentos da jarra, mas fica marcado por todas as laterais do acoplamento.

O lado externo da tampa é fácil de limpar, embora ainda possa ser riscado. Será útil utilizar uma escova na área de borracha para tirar qualquer sujeira que fique entre as camadas de borracha. Internamente há uma série de curvas que atrapalham a limpeza adequada da peça.

Segurança

Não há travas para encaixar ou retirar a jarra, mas o produto não permite o uso sem ela no lugar. Na parte de baixo da jarra há uma peça preta que autoriza ligar o produto.

Se por acaso conectar o K150 na tomada com o seletor acionado, ele não partirá. É preciso voltar com o seletor para a posição zero e então ativar a rotação. O mesmo pode ser dito para as situações em que retirar a jarra com o produto em funcionamento.

Com a jarra na posição de ativação ela permanece estável. O que se move muitas vezes é a base do liquidificador. Na velocidade máxima ele começa a vibrar e dessa forma pode rotacionar ou caminhar lentamente. Não chegou a ser um problema durante os testes, mas ocorre com frequência e pode gerar acidentes. Um pé propriamente dito seria aconselhável, no lugar do contorno emborrachado que possui.

O cabo de alimentação possui a mesma extensão do K400, cerca de 88 centímetros. Poderia ser maior, ao menos 1 metro.

A KitchenAid oferta 3 anos de garantia na compra do K150.

Conclusão

Poucas melhorias fariam com que o K150 se aproximasse mais do nível imposto pelo K400. A ausência de uma velocidade mais alta é sentida sempre ao lidar com sucos e vitaminas, enquanto o pulsar e a partida lenta retém o potencial de entrega do modelo. Este KitchenAid é um liquidificador de boa eficiência, mas que na maioria das situações não justifica seu preço. Há modelos de qualidade parecida e bem mais acessíveis. Assim mesmo, se encontrar uma promoção, pode ser que valha.


Compartilhe este material:

        


Compre aqui:

Quer receber nossa newsletter?